"O ARROZ"
05 de abril de 2017Leitura Bíblica: Lucas 6.37-42
Como você pode dizer ao seu irmão: Irmão, deixe-me tirar o cisco do seu olho, se você mesmo não consegue ver a viga que está em seu próprio olho? (Lc 6.42a)
Fiz uma recente descoberta que mudará minha vida. Minha esposa estava em viagem e, para prover o sustento, tive de ir para a cozinha preparar o almoço. Reservei duas medidas de arroz seguindo o roteiro: lavar, escorrer, esquentar, temperar e cozinhar.
Enquanto lavava o arroz, lembrei-me de que aquele era minha nova aquisição na busca por uma marca de arroz com grãos menos quebradiços. Eu já havia questionado minha esposa a respeito, mas ela não concordava. Para ela, eles estavam normais.
Então observei minha mão que friccionava por entre a palma e os dedos aqueles minúsculos e frágeis grãos. “Frágeis?”, pensei. Percebi com quanta força eu espremia o arroz. Os grãos que subiam inteiros em minha palma saíam aos pedaços por entre os dedos. Eu não estava sendo delicado no manuseio como era minha esposa, por isso ela não tinha problemas com o arroz, apenas eu. O problema não era o arroz, mas a força excessiva e a indelicadeza das minhas mãos. Pobre arroz! Há tanto tempo condenado por um defeito que nunca existiu. A culpa era minha e de minhas mãos.
Almoço pronto e arroz quebrado, entre uma garfada e outra me pus então a pensar: de certa maneira, a situação não muda se a gente não mudar. Muitos, assim como eu, culpam o arroz ou nele colocam defeitos, quando deveriam olhar para as próprias mãos.
Aos nossos olhos, o arroz do almoço, assim como as relações familiares, de trabalho ou de amizade permanecerão quebradiços se não mudarmos o jeito de manuseá-los. A culpa nem sempre é do outro! Assim, esteja atento à maneira como você lida com os outros ou com as situações em sua vida. Antes de trocar a marca do seu arroz, ou melhor, antes de culpar ou julgar o outro, avalie se você está lidando corretamente com as relações que você tem hoje nas mãos. – ISB
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