PRESENTE DIÁRIO

"JUÍZO"


23 de maio de 2017
Leitura Bíblica: 1 Crônicas 19.1-19
Não julguem, e vocês não serão julgados. Não condenem, e não serão condenados. Perdoem, e serão perdoados. … Pois a medida que usarem também será usada para medir vocês (Lc 6.37,38b).
Prevenir é melhor que remediar. Grande novidade! Os conselheiros do rei amonita Hanum também já sabiam disso há 3.000 anos. Só não se deram conta de outra máxima importante: imaginar não é o mesmo que saber. Por isso preveniram-se contra um perigo que nem existia e, sem necessidade, criaram justamente aquele que temiam. A causa dessa atitude tola foi arrogância (“nós sabemos das coisas”) e uma desconfiança pervertida em agressão; a consequência foram milhares de mortos sem proveito para ninguém.
Sua desconfiança diante dos enviados de Davi era até compreensível: nós hoje sabemos que a intenção de Davi era boa; eles não. É bom ser prudente e tomar cuidado. Já citei um velho ditado logo no começo, e aqui vai outro: quando a esmola é muita, o santo desconfia. Mas entre se precaver e condenar por antecipação há uma boa distância, e desta até uma agressão gratuita, mais ainda. Infelizmente temos uma enorme habilidade para saltar essas distâncias sem nenhum esforço.
É verdade que o coração humano é pervertido e que nossa tendência sempre é buscar vantagem para nós mesmos, e aí muitas vezes o nosso próximo é que paga a conta. Mesmo assim é muito raro alguém se aproximar de nós com intenções efetivamente malvadas, e é injusto e perigoso supor essas intenções de antemão. Daí a advertência de Jesus no versículo em destaque. Avaliar a qualidade do que alguém faz é razoável; julgar suas intenções é temerário. Por acaso você sabe ler pensamentos? Eu não sei e prefiro não arriscar tal loucura.
No mais, uma pessoa reconciliada com Deus por meio de Jesus Cristo pode dar-se ao luxo de até se expor a más intenções em nome do amor ao próximo, lembrando que Deus zela pela vida de cada um dos seus filhos, a ponto de contabilizar cada fio de cabelo deles (Mt 10.30). – RK

É melhor calar do que julgar intenções e motivações de outra pessoa.

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