"ENTRE GRÁVIDAS"
27 de abril de 2017Leitura Bíblica: Lucas 1.39-45
Muito me alegrei ao receber a visita de alguns irmãos que falaram a respeito da sua fidelidade, de como você continua andando na verdade (3Jo 1.3).
Após a visita do anjo Gabriel, Maria está perplexa, abrigando em seu coração a promessa divina e, em seu ventre, aquele que viria a ser nosso Salvador. Mesmo como feto, ele foi saudado e adorado por Isabel quando Maria chegou à sua casa para visitá-la. Podemos imaginar muito bem quanto assunto as duas mulheres grávidas tinham para conversar!
Mas o que Maria estaria buscando? Penso que ela precisava de comunhão. Sai da sua casa e vai em direção às montanhas, certa, pela fé em Deus, de que seria mãe. Talvez a sua própria mãe ou pai já tivessem falecido e isso, somado à vergonha da gravidez (para aquela época), a impelisse a procurar alguém confiável. Talvez seus familiares e amigos a expunham ao ridículo. Ela não sofreu com mudez, como Zacarias, o marido de Isabel (Lc 1.20), mas sua situação lhe causava vexame. É possível que esta solidão lhe parecesse traumática. Porém, ela sabe que a comunhão com pessoas da mesma fé e experiência lhe traria consolo para a alma atribulada. Zacarias, de lábios cerrados, teve de se contentar em apenas ouvir e ver a fé e a alegria que as duas compartilharam por “cerca de três meses” (Lc 1.56). Possivelmente Maria voltou para sua casa quando Joãozinho, o filho de Isabel e Zacarias, nasceu. Estava animada, encorajada e compôs até um cântico de gratidão e louvor a Deus, também relatado por Lucas, autor deste Evangelho (Lc 1.46-55).
Atualmente muitas pessoas não têm mais tempo para fazer visitas, e isso acaba parecendo coisa de outro mundo. Os relacionamentos estão limitados ao que é oferecido pela mídia eletrônica. Mas, ao observar atentamente a demorada visita de Maria, podemos ver como elas se ajudam mutuamente e trocam experiências espirituais. – VS
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