PRESENTE DIÁRIO

"COXO"


22 de maio de 2017
Leitura Bíblica: Atos 3.1-10
O homem [aleijado] olhou para eles [Pedro e João] com atenção, esperando receber deles alguma coisa (At 3.5).
Na leitura de hoje observamos que o homem aleijado de nascença (muitas versões bíblicas especificam que ele era coxo) mendigava para poder suprir suas necessidades, uma vez que não tinha como trabalhar. É interessante que ao ver Pedro e João ele pede esmola, como se tivesse a convicção de que os discípulos teriam dinheiro para lhe dar. Porém, Pedro lhe pede algo inusitado e ele obedece, mantendo ainda a expectativa de receber algo, mesmo que não fosse uma grande oferta. O texto não menciona valores, porém quando se usa a palavra “esmola” supõe-se que a quantidade dada seja de qualquer valor, até mesmo uma moedinha. A atitude deste homem é bem diferente da que está sendo praticada hoje por pessoas que exigem de Deus o que querem receber e também querem que o Senhor os atenda imediatamente. Geralmente se frustram, pois Deus não atende suas exigências – então justificam que isso aconteceu por “falta de fé”.
O homem aleijado, porém, recebeu uma dádiva muito mais preciosa que prata ou ouro: por meio de Pedro, Jesus o curou e ele conseguiu ficar em pé e andar. O que Deus lhe proporcionou foi muito mais do que uma grande esmola, algo que com dinheiro algum ele poderia comprar: a restauração de sua saúde e a possibilidade de trabalhar e não depender mais da ajuda dos outros.
A soberba tem cegado os homens, levando-os ao engano de que são merecedores de receber de Deus tudo o que quiserem. Esquecem-se de que são insignificantes mortais, mendigos diante de Deus, carentes de tudo (principalmente de misericórdia divina) e que só há uma forma de se posicionar diante de Deus: com uma atitude humilde e de reverência. Com esta mudança de postura e com o reconhecimento de qual é o nosso verdadeiro lugar, certamente seremos surpreendidos pela generosa graça de Deus quando orarmos pedindo algo! – APS

O que ganhamos de Deus não é esmola nem recompensa – é graça!

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