PRESENTE DIÁRIO

"FUNDAMENTO"

28 de maio de 2017
Leitura Bíblica: Mateus 7.24-27
Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem (Jo 13.17).
Jesus conclui o conhecido Sermão do Monte com a parábola dos dois fundamentos. Pouco antes, Jesus havia advertido aqueles que o chamam de “Senhor, Senhor”, mas não fazem o que ele manda (Mt 7.21-22). Ele deixa claro que é a ação, e não a retórica, que abre acesso ao reino de Deus (o relacionamento com o Senhor). Se as palavras sem ação já haviam sido condenadas, agora reprova-se também o “ouvir sem ação”.
Na parábola, podemos destacar três aspectos. Primeiramente, a aparência da construção é a mesma. Olhando de fora, talvez nem se perceba diferença. Ao que tudo indica, as duas casas estão igualmente bem construídas. A diferença está encoberta. Assim é com nossas vidas. Aparentemente todos somos iguais. Em segundo lugar, a tempestade que bate contra a construção é a mesma. Os versos 25 e 27 são exatamente iguais, exceto pela consequência em cada um deles. Não são poucos os que se queixam que sobre suas vidas as adversidades são maiores. Mas não é isso o que determina o resultado.
Em terceiro lugar, o que difere é justamente o fundamento da construção. Na Galileia, basta cavar um pouco para achar uma camada de rocha sólida. É muito comum abrir o solo até a rocha e ali assentar o alicerce da casa. Enquanto do prudente se diz que construiu sobre uma rocha, o segundo simplesmente lançou o alicerce sobre a areia. Muitas vezes as pessoas não querem se dar ao trabalho de providenciar alicerces mais firmes para si, pois acreditam que os ventos nunca soprarão na sua vida.
O texto diz que ambos “ouvem minhas palavras”. Podem ser frequentadores assíduos de cultos, pregações, talvez até leiam a Bíblia. Isto não é suficiente para diferenciar entre eles, pois “o alicerce está escondido”. Tudo depende de pôr em prática o que Jesus disse. Ouvir apenas proporciona uma posse aparente, que se quebra justamente quando deve ser comprovada. – CK

O que interessa não é se alguém ouve a palavra, mas se a pratica.

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